Tem crescido em todo o mundo o número de pessoas que se dizem
desiludidas com as igrejas evangélicas. Elas escolheram ficar afastadas
de suas denominações, e suas justificativas giram em torno da decepção
com instituições e pessoas.
Alguns, depois de vagarem por várias congregações, levantaram a bandeira que a igreja organizada faliu e que é totalmente desnecessário terem vínculos e seguirem regras.
Alguns, depois de vagarem por várias congregações, levantaram a bandeira que a igreja organizada faliu e que é totalmente desnecessário terem vínculos e seguirem regras.
No
Brasil, esse pensamento tem ganhado força no movimento dos
"desigrejados", que já somam milhões de ex-membros provenientes de
inúmeros seguimentos. Eles não se consideram desviados por viverem
assim. Na maior parte dos casos, os desligamentos das igrejas foram
motivados por problemas de relacionamento interpessoal. Encontramos
pessoas feridas por mentiras, abusos espirituais, julgamentos, maus
tratos, escândalos etc.
Vou contar minha experiência pessoal para
elucidar melhor o assunto. Estou prestes a completar 25 anos na Igreja
e, neste tempo, conheci milhares de pessoas. Dentre elas, muitas
sinceras e de excelente caráter e postura. Porém, também vi algumas de
má índole que buscavam apenas promoção e glória. Reconheço, por
experiência própria, que essa minoria impõe sofrimento aos outros
membros sim. Mas decidi não permitir que a minha fé entrasse em crise
por causa disso. Creio que fugir da igreja não impedirá ninguém de
experimentar decepções.
Quantas vezes você se desentendeu com algum familiar? Mas você não se excluiu de sua família por causa disso.
Quantas vezes você se desentendeu com algum familiar? Mas você não se excluiu de sua família por causa disso.
Se, para proteger a fé, tivéssemos que viver sozinhos e isolados, o
Próprio Senhor Jesus daria esse exemplo. Entretanto, Ele fez exatamente o
contrário. Mesmo com o sistema religioso corrompido e hipócrita de Sua
época, Ele foi um judeu zeloso. Frequentava o Templo e as sinagogas. Ele
cumpriu a Lei, mas rechaçou as tradições. Ele sabia que não teria como
influenciar os outros se não estivesse próximo deles. Conviveu com todo
tipo de pessoas, mas uma minoria era verdadeira. Para evitar decepções,
nos ensinou que não devemos esperar muito dos homens, pois são falhos.
Aprendi que quando um homem de Deus está no Altar, ele é o canal Divino
para o povo. Mas, fora do Altar, é uma pessoa normal, com
personalidade, qualidades e defeitos. Infelizmente, as pessoas projetam
nas outras uma identidade de “super santas” e não se preparam para ver
suas falhas. Então, escandalizam-se e se perdem.
Claro que estou
falando de erros, pois, tratando-se de pecado, as pessoas que o praticam
não estão aptas para ensinar ninguém. É por isso que as igrejas devem
contar com a disciplina.
Entenda também que não é porque alguém
pecou que você vai deixar que sua fé se esfrie. Devemos manter os olhos
fitos no Maior Exemplo, e não cair no erro de acharmos que não existem
mais pessoas sinceras e interessadas no benefício do seu próximo.
Se você que está lendo este texto agora passou por situações muito
ruins que o fizeram se afastar, lamento muito. Mas seria bom que você
repensasse sua decisão e voltasse atrás. Creia que o Altíssimo pode
transformar em bem todo o mal que você viveu, e ainda usará isso para o
seu crescimento.
Pense: como Ele fará justiça, ou irá defendê-lo, se você se cansou, desistiu ou agiu por conta própria?
Conviver com as pessoas dói, mas nos lapida e ensina.
E quanto às regras existentes nas igrejas, que alguns criticam tanto,
saiba que elas são necessárias. Imagine um lugar onde centenas ou
milhares de pessoas se reúnem e cada uma decide fazer o que quer, como
quer, na hora que quer?
Diante dos milhões de homens e mulheres
que estão colocando sua Salvação em risco, ao sustentar esse pensamento,
quero dizer que não defendo aqui a placa de uma igreja, pois tenho
consciência de que ela não salva. Meu objetivo é mostrar que a igreja
física é fundamental para você ser corrigido, exortado, estimulado a dar
frutos e a desenvolver os dons. Viver longe dessa comunhão é o mesmo
que separar o peixe da água, o sangue do corpo, as nuvens do céu ou
Cristo de Sua Igreja.
Nenhum comentário:
Postar um comentário