quinta-feira, 30 de julho de 2020

Quem foi Ester na Bíblia?

for de murta
Ester = Flor de Murta
Ester em Persa significa “estrela”, e em hebraico significa “flor de Murta”.
“A história de Ester apresenta grande importância histórica. Se esta personagem não tivesse existido, o povo Hebreu, muito provavelmente, teria sido completamente aniquilado antes mesmo da chegada do Messias. Como consequência,  a história do mundo seria outra.
Felizmente, a soberania divina e a disposição de uma mulher judia uniram-se para mudar o destino de uma nação inteira”.
A história se passa por volta do ano 470 a.C., em Susã , uma das capitais do império, essa capital era estadia de verão da família real. As outras capitais da Pérsia eram a Babilônia (onde se passa a história de Daniel) e Persépolis.  O povo Hebreu estava sob domínio da Pérsia há mais de 120 anos.

O rei Assuero e a rainha Vasti

Essa parte da história está escrita com detalhes nesse artigo. Basicamente, o rei Assuero pediu para a rainha Vasti desfilar diante dos convidados e ela se recusou, então o rei ordenou que fosse escolhida outra mulher para ocupar o lugar da rainha Vasti.

A nova esposa do rei

vasti e assueroPassado algum tempo, o rei, por conselho de seus sábios, resolveu convocar todas as mulheres virgens e bonitas do reino. Após uma seleção, ele iria escolher sua nova rainha.
Morava naquela cidade um homem Judeu, que tinha sido trazido cativo de Israel para a cidade de Susã. O homem morava com sua prima, Hadassa (Ester na língua dos persas), uma jovem moça muito bonita que havia ficado órfã muito cedo. Mardoqueu a assumiu como filha.
Ocorreu que Ester foi levada pelos guardas juntamente com outras mulheres ao palácio. Lá ela ficou sobre cuidado de Hagai, um dos eunucos responsáveis pelo trato feminino, este simpatizou muito com Ester e lhe acomodou no melhor lugar da casa das mulheres.
Ester não contou a ninguém que era judia, porque Mardoqueu tinha lhe advertido a não revelar de onde viera.
Passado um ano, o rei começou a chamar as moças que havia selecionado. Por fim, Ester foi chamada à presença do rei.
“E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça, e a fez rainha em lugar de Vasti”. (Ester 2:17)

O atentado contra a vida de Assuero

Mardoqueu sempre vinha visitar Ester, e ela ficava esperando por ele na porta do palácio. Certo dia, ouviu dois servos que trabalhavam no palácio, indignados, tramando tirar a vida do rei Assuero. Mardoqueu relatou tudo isso para Ester que por fim contou a Assuero. Desmascarada a trama, os dois servos foram enforcados e o episódio foi escrito no livro de anotações reais.

Hamã e Mardoqueu

honra de hamaO rei Assuero decidiu honrar um homem que morava em seu palácio chamado Hamã, este era Agagita. O rei ordenou que todos se prostrassem na presença de Hamã. Mas Mardoqueu descumpria essa ordem e não se dobrava aos pés de Hamã, porque era judeu e se mantinha fiel a Deus. Alguns empregados do palácio contaram isso a Hamã e ele ficou muito irritado. Sua raiva não foi apenas contra Mardoqueu mas contra todos os judeus que viviam entre os persas.
Hamã foi falar com o rei para conseguir o seu favor contra os judeus e disse-lhe: “Existe espalhado e dividido entre os povos em todas as províncias do teu reino um povo, cujas leis são diferentes das leis de todos os povos, e que não cumpre as leis do rei; por isso não convém ao rei deixá-lo ficar. Se bem parecer ao rei, decrete-se que os matem; e eu porei nas mãos dos que fizerem a obra dez mil talentos de prata, para que entrem nos tesouros do rei“. (Ester 3:8)
O rei atendeu o pedido de Hamã e enviou um decreto alertando a todos os povos que viviam em Susã que os judeus deveriam ser mortos, tanto mulheres como crianças e velhos, no dia 13 do mês de Adar. Os judeus não poderiam se defender, nem fugir.
¹ Os Agagitas são o mesmo povo que Israel guerreou na época de Saul. Deus havia ordenado que Saul destruísse completamente todas as pessoas do povo, mas Saul não obedeceu (ver I Samuel 15) 

O luto do povo e a resposta de Ester

Quando Mardoqueu ficou sabendo do decreto do rei ele rasgou as suas vestes e se vestiu de pano e cinzas. Essa prática era tradição entre os judeus para expressar tristeza. Mardoqueu se dirigiu a entrada do palácio e lá pranteou a situação de seu povo. A rainha Ester ao saber disso, enviou roupas para cobrir seu tio, mas ele não as aceitou.
Um dos servos de Ester lhe contou tudo o que havia acontecido no reino, e o decreto que o rei havia proposto contra os judeus. Ester enviou um de seus servos para dizer a Mardoqueu:
– Não há nada que eu possa fazer. Você sabe, qualquer um que se apresentar diante do rei sem ser chamado é morto. E eu não fui mais chamada, não tenho mais acesso ao rei.
Então Mardoqueu disse a Ester:
Não imagines no teu íntimo que, por estares na casa do rei, escaparás só tu entre todos os judeus. Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino? (Ester 4: 13-14)
Ester respondeu:
Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas servas também assim jejuaremos. E assim irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se morrer, morri. (Ester 4:16)
Então Mardoqueu falou a todo povo conforme Ester lhe pediu.

O convite de Ester

Ester vestiu suas melhores roupas e entrou no pátio interno do palácio do rei. Ao avistá-la, o rei se agradou de Ester e estendeu o cetro de ouro para ela, o que simbolizava que ela não seria morta se chegasse perto dele.
– O que você quer minha rainha? Você sabe que eu te daria até metade do meu reino! – falou Assuero
– Obrigada meu rei, mas apenas peço que você e Hamã compareçam ao banquete que eu vou preparar.
O rei concordou. Ele e Hamã foram ao banquete e estando os dois sentados a mesa Ester ainda fez mais um pedido:
– Meu rei, venha você e Hamã novamente a um banquete que vou preparar amanhã e lá eu lhe farei um pedido especial.
Hamã saiu do banquete muito alegre, se sentia honrado por ter sido convidado por Ester. Quando saia do palácio cruzou com Hamã na porta de entrada do palácio, ao observar que ele não se curvou ficou muito brabo, mas se conteve e foi para casa.
Chegando em casa, convidou seus amigos e sua mulher para uma festa e durante a festa se gabava contando aos convidados sobre suas riquezas e sobre a honra que o rei lhe concedera.
– Contudo tudo isso não me satisfaz, enquanto eu não vir aquele judeu Mardoqueu se curvar diante de mim – disse Hamã.
Então a mulher de Hamã e seus amigos lhe deram o seguinte conselho:
Faça-se uma forca de cinquenta côvados de altura, e amanhã dize ao rei que nela seja enforcado Mardoqueu; e então entra alegre com o rei ao banquete. (Ester 5:14)
Esse conselho  agradou muito a Hamã, tanto que decidiu pô-lo em prática.

A insônia do rei

insonia do reiO rei Assuero, naquela noite, perdeu o sono e mandou que lhe trouxessem o livro de registro de crônicas, onde ficava escrito tudo o que acontecia no palácio.
Os seus servos leram sobre a denuncia que Mardoqueu fizera e sobre a trama de assassinato de dois camareiros. O rei perguntou:
– Que recompensa foi dada a esse homem que salvou minha vida?
– Nada foi feito – responderam os servos.
Nessa mesma hora entrou Hamã decidido a pedir que o rei enforcasse a Mardoqueu.
– Que se fará com o homem a quem o rei deseja honrar, Hamã? – imediatamente perguntou ao rei ao vê-lo.
Hamã supôs em sua mente que esse homem fosse ele mesmo, então respondeu:
– Tragam a veste real que o rei costuma vestir, como também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a coroa real na sua cabeça. E entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes mais nobres do rei, e vistam delas aquele homem a quem o rei deseja honrar; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar! (Ester 6:8,9)
Ótima ideia! Faça exatamente isso a Mardoqueu! Pois ele salvou a minha vida e eu não lhe retribui. Então Hamã cumpriu a ordem do rei e fez exatamente tudo quanto sugeriu. Andou com Mardoqueu montado em um cavalo anunciando “Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar”
Voltou para casa extremamente entristecido e contou tudo a sua mulher que lhe disse:
Visto que Mardoqueu, diante de quem começou a sua queda, é de origem judaica, você não terá condições de enfrentá-lo. Sem dúvida, você ficará arruinado!” Ester 6:13
Nesse momento os servos do rei vieram buscar Hamã para o jantar de Ester.

A petição de Ester

Ester pedindo ao rei assueroO rei Assuero e Hamã estavam reunidos com Ester a mesa. E o rei mais uma vez perguntou o que Ester queria lhe pedir. Ester respondeu:
Se, ó rei, achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição, e o meu povo como meu desejo.
Porque fomos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem, e aniquilarem de vez; se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia; ainda que o opressor não poderia ter compensado a perda do rei. (Ester 7:3-5)
E Assuero respondeu a Ester:
– Minha rainha, quem é este homem que planejou fazer essas coisas que você está dizendo?
– Este homem mau e opressor é Hamã.
Quando ouviu isso, o rei saiu esbravejando para o pátio interno do palácio e Hamã se jogou aos pés de Ester para implorar por sua vida. Quando o rei voltou Hamã estava deitado aos pés da cama de Ester.
– Você também quer forçar a minha esposa na minha frente? –  falou Assuero muito irritado.
Tendo dito isso, o rosto de Hamã foi coberto.
Um dos camareiros do palácio disse:
– Este homem Hamã construiu uma forca, para enforcar o judeu Mardoqueu, o mesmo que livrou o senhor de ser morto.
– Enforcai-o nela, decretou Assuero.
Enforcaram Hamã na forca que ele havia preparado para Mardoqueu e assim o rei ficou mais calmo.

Ester e Mardoqueu são honrados

mardoqueu e ester honradosApós estas coisas o rei deu a Ester a casa de Hamã e deu a Mardoqueu o seu anel real que antes pertencia a Hamã.
Ester ainda se lançou aos pés do rei e chorou e implorou por seu povo. Porque o decreto contra eles ainda vigorava e seria cumprido dentro de algum tempo.
Ester pediu para que o decreto fosse revogado, mas o rei respondeu:
“Escrevei, pois, aos judeus, como parecer bem aos vossos olhos, em nome do rei, e selai-o com o anel do rei; porque o documento que se escreve em nome do rei, e que se sela com o anel do rei, não se pode revogar”. (Ester 8:8)
Ester e Mardoqueu escreveram um outro decreto que convocava todos os judeus de todas as províncias a se defenderem e lutarem por suas vidas contra todos que tentassem atacá-los.
E para os judeus houve luz, e alegria, e gozo, e honra. (Ester 9:16)
Por onde era anunciado o novo decreto os judeus se alegravam e faziam festa. Muitos dentre os povos que moravam perto se fizeram judeus porque tiveram temor.

 A vingança dos judeus

Chegou o dia marcado para o extermínio dos judeus, conforme Hamã havia decretado anteriormente. Mas nesse dia, ao invés de serem massacrados, os judeus se vingaram de todos os povos que os odiavam. Os 10 filhos de Hamã foram todos mortos.

A festa de Purim

festa do purimDepois desses acontecimentos os judeus começaram a comemorar a festa de Purim. Purim significa sorte e faz uma alusão a maneira como Hamã escolheu a data do massacre dos judeus (lançando sorte).
Essa festa é uma comemoração ao livramento divino; nesse dia os judeus costumam recitar o livro de Ester publicamente duas vezes, e distribuem dinheiro aos mais necessitados.

Faça da sua boca um canal de bênção!


Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem.
Efésios 4:29
Nossa boca é um importante instrumento para levar a palavra de libertação. E justamente por isso, devemos medir o que falamos e refletirmos se a nossa boca é um canal de benção ou maldição.
Com a nossa língua podemos curar ou ferir. Cabe a nós escolhermos o que amplificarmos com a nossa boca. Ciente dessa responsabilidade, devemos controlar a nossa boca para falarmos apenas o que realmente queremos dizer. A Bíblia pode nos ajudar em como podemos desenvolver o nosso auto-controle. Mais do que uma fonte de sabedoria, a Bíblia contem palavras que curam e salvam o homem.
Quando nos alimentamos da palavra de Deus, passamos a falar do que o nosso coração está cheio. Mais do que isso, passamos a agir conforme a Palavra e não dizemos com a nossa boca, mas com os nossos atos. Que a sua boca seja um canal de benção!

Sendo um canal de benção:

  • Evite falar demasiadamente, procure pensar antes de falar. Quanto mais escolhemos o que vamos dizer, mais agimos com sabedoria.
  • Esqueça a "crítica construtiva", procure falar palavras que levante o seu irmão. Para construir não é necessário criticar, mas sim indicar soluções.
  • A Bíblia é a maior fonte de sabedoria que você pode encontrar. Quem se alimenta das suas palavras é um canal de bênção.

Para Orar:

Senhor, me torna um instrumento nas Tuas mãos. Usa a minha boca como um canal das Tuas boas novas. De Ti recebo bênçãos, que eu possa - com a minha boca - compartilhar o Teu amor e favor. Amém!

terça-feira, 28 de julho de 2020

Ei, pare de reclamar!

Façam tudo sem queixas nem discussões, para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês brilham como estrelas no universo (...).
Filipenses 2:14-15
Você já notou como somos facilmente inclinados a murmurar? Reclamamos de tudo: do governo, do clima, do trânsito, do trabalho, do chefe, dos pais, dos filhos, do colega, do vizinho, da igreja, do atendimento, da comida, até de nós mesmos! Na Bíblia temos o exemplo do povo de Israel que, ao ser liberto da escravidão no Egito, agiu desta mesma forma, desagradando a Deus. Infelizmente, esse é um péssimo hábito muito comum que deveria ser completamente descartado da vida de todos os filhos de Deus...
Os versículos de hoje chamam a nossa atenção para termos uma postura diferente: em todas as nossas ações, inclusive pensamentos e sentimentos, agir sempre sem queixas ou contendas. Precisamos nos tornar puros, vigilantes e agradecidos ao Senhor por todas as coisas. Somente assim, através do fruto do Seu Espírito em nós, poderemos brilhar como estrelas neste mundo.

Deixe a reclamação fora da sua vida!

  • Não reclame, clame ao Senhor! Reclamar não vai resolver o seu problema, Deus pode!
  • Vigie as suas palavras! Busque exercer o domínio próprio, não reclame nem discuta por qualquer motivo.
  • Cuidado com a influência! Se convive com pessoas que reclamam muito, poderá adquirir esse mau hábito.
  • Tente ser você um bom influenciador! Faça a diferença, tente edificar e mostrar algo de positivo às pessoas.
  • Caso não tenha nada de bom para dizer a alguém, fique em silêncio.
  • Demonstre bondade e gentileza mesmo àquele que te ofendeu.
  • Leia a Palavra de Deus e procure se encher da graça, amor e misericórdia que provém dela.
  • Não ressalte as derrotas e falhas! Lembre-se e conte as vitórias e as bençãos que Deus já lhe concedeu.

Para Orar:

Senhor Deus, me ajuda a guardar a língua e vigiar as minhas palavras para não murmurar ao longo do meu dia. Sei que a reclamação não agrada ao Senhor, não abençoa ninguém e não resolve os problemas. Ensina-me a ter um coração igual ao Teu e que isso se reflita nas minhas palavras. Que eu possa bendizer (não maldizer) e levar a tua luz e o teu amor a todos quantos eu encontrar. Em nome de Jesus, amém!

domingo, 26 de julho de 2020

Gafanhoto ou filho de Deus?

E espalharam entre os israelitas um relatório negativo acerca daquela terra. Disseram: "A terra para a qual fomos em missão de reconhecimento devora os que nela vivem. Todos os que vimos são de grande estatura. Vimos também os gigantes, os descendentes de Enaque, diante de quem parecíamos gafanhotos, a nós e a eles".
Números 13:32-33
Quando o povo de Israel estava no deserto, Moisés enviou espiões para observar a terra de Canaã e trazerem um relatório. Aquela era a terra prometida por Deus, há muito tempo. O Senhor já tinha dado provas da Sua fidelidade, sustentado-os no Egito e depois os tirando de lá poderosamente, com grandes milagres e sinais. O Senhor da promessa era o mesmo que abriu o Mar Vermelho, fazendo-os passar com pés enxutos, mas afogou o exército inimigo que os perseguia.
A terra era excelente! Mas 10 dos 12 enviados estavam transmitindo um relatório negativo ao povo. Eles se viam como gafanhotos diante dos habitantes da terra, pois esqueceram-se da grandeza de Deus que estava presente com eles...
Assim também acontece conosco, nos desertos da vida, quando sentimos medo ou limitados pelas dificuldades. Mas, confie! Você é um filho de Deus, não um gafanhoto! Tenha coragem e não murmure. Deus está contigo e te dá forças para vencer!

Viva como filho de Deus, não como um gafanhoto:

  • Qual a imagem que tem de si mesmo? Também se vê como um pequeno inseto diante das dificuldades?
  • Abandone o complexo de inferioridade, Deus é o seu Pai!
  • Ore e coloque diante de Deus todos "gigantes" (problemas) que te assustam. Ele luta por você!
  • Confie na Palavra de Deus. Leia, se alimente e encha seu coração de fé diariamente.
  • Exclua a murmuração e rebeldia. Lembre-se de tudo que Deus tem feito e seja grato.
  • Tenha bom ânimo! Deus está contigo na caminhada e te ampara nos tempos difíceis...

Para Orar:

Senhor Deus, ajuda-me a confiar em Ti, sempre que passar pelos desertos da vida. Ensina-me a crer que maior é o que está em nós do que o que está no mundo... Fortalece a minha fé na Tua promessa, Pai. Tu és fiel e todo poderoso, sei que no Senhor posso ter esperança de um futuro certo, cheio de alegria e paz. A Ti entrego as minhas necessidades e aflições. Ajuda-me a prosseguir! Em nome de Jesus, te peço. Amém!

A Solução para a ansiedade


Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.
- Filipenses 4:6-7

Quando a ansiedade vem, o que você pode fazer para controlar? A Bíblia diz que a solução é orar. É normal se sentir ansioso. Você não conhece o futuro e há muitas coisas que você não pode controlar. Mas Deus está no controle. Ele vai cuidar de você.
Quando você ora, você submete sua vida a Deus. Na sua oração, você pode submeter seu futuro e seus sentimentos ao cuidado dele. Isso ajuda você a confiar mais em Deus e a lembrar que ele não lhe vai abandonar. Persista na oração e você verá que Deus lhe dará sua paz.

Controle a ansiedade com a ajuda de Jesus:
  • Quando você está ansioso, peça ajuda a Deus
  • Lembre-se de agradecer por tudo que Deus já fez por você
  • Creia que Deus vai lhe ajudar
  • Se a ansiedade persistir, continue orando até sentir a paz de Deus
Para orar:
Senhor, quero entregar ao Senhor toda minha ansiedade. Por favor me ajude nas situações que me deixam ansioso e me ensine a confiar no Senhor nas coisas que não posso controlar. Eu creio que Senhor está cuidando de mim em todo tempo. Ajude minhas emoções a entenderem isso também. Em nome de Jesus, amém.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Quem Foi Eli na Bíblia?


Eli foi o sumo sacerdote no tempo da juventude do profeta Samuel. Além do sacerdócio, Eli também serviu como um juiz de Israel por quarenta anos (1 Samuel 4:18). 

A história de Eli na Bíblia ficou marcada não apenas pelo seu contato com o jovem Samuel, mas principalmente pela rebeldia de seus filhos.
Eli era descendente de Arão através de Itamar (cf. 1 Samuel 22:20; 1 Reis 2:27; 1 Crônicas 24:3). Mas sua descendência não é citada na lista de 1 Crônicas 6 por causa do julgamento de Deus sobre sua família.

O sacerdote Eli e Samuel

Eli ministrava no Tabernáculo que havia sido levantado em Siló após o tempo de peregrinação no deserto (cf. Josué 18:1; Juízes 18:31). Ele aparece na narrativa bíblica no episódio em que Ana, esposa de Elcana, orou a Deus pedindo por um filho.

Inicialmente o sumo sacerdote Eli mostrou certa falta de sensibilidade espiritual ao interpretar de forma equivocada a atitude de Ana. Ele pensou que aquela mulher devotada estava embriagada (1 Samuel 1:14). Mas depois que ela lhe explicou suas razões, Eli a despediu com uma bênção (1 Samuel 1:17).

Deus atendeu ao pedido de Ana e abriu sua madre. Ana deu à luz a Samuel e tão logo cumpriu o voto que havia feito ao Senhor. Ela levou o menino a Siló para ter uma vida dedicada ao serviço de Deus. 

Isso significa que o pequeno Samuel ficou aos cuidados do sumo sacerdote Eli (1 Samuel 3:1). Mais tarde, foi o próprio Eli quem instruiu Samuel quanto à percepção da voz do Senhor que lhe chamava (1 Samuel 3:9). 

Naquele tempo Eli já era um homem idoso (1 Samuel 2:22).

Os pecados dos filhos de Eli

O grande problema de Eli foi seus filhos. Ele era pai de dois homens incrédulos, Hofni e Finéias. Como Eli já tinha a idade muito avançada, seus filhos passaram a ter cada vez mais responsabilidades no serviço do Tabernáculo.

Mas os dois filhos de Eli não tinham qualquer temor a Deus e nem respeito pelo próprio pai. Eles transgrediam a Lei de Deus de muitas maneiras. 

Eles violavam a regulamentação acerca das ofertas e sacrifícios ao Senhor, e se apropriavam daquilo que era consagrado a Deus (1 Samuel 2:12). Além disso, eles seduziam as mulheres que se ocupavam de forma voluntária de algum serviço relacionado ao funcionamento do Tabernáculo.

A prática pecaminosa e imoral dos filhos de Eli era conhecida por todo o Israel e influenciava negativamente o povo (1 Samuel 2:22-24). A Bíblia mostra a tentativa patética de Eli de repreender seus filhos. Mas eles já estavam com suas mentes cauterizadas pelo pecado e tinham atingido um nível de endurecimento tão profundo que o juízo de Deus sobre eles era inevitável (1 Samuel 2:25).
O juízo de Deus à casa de Eli
Eli é sempre lembrado como uma figura trágica que não tinha controle sobre sua própria casa. Embora ele não apareça na Bíblia participando diretamente dos pecados de seus filhos, ele acabou participando deles por omissão. O erro fatal que Eli cometeu foi o de honrar mais os seus filhos do que ao Senhor. Além disso, parece que ele acabava se beneficiando indiretamente do comportamento ganancioso de seus filhos (1 Samuel 2:29).

Por tudo isso Deus derramou seu juízo sobre à casa de Eli. Antes, Ele enviou um profeta, sobre quem nada sabemos, mas que anunciou o julgamento do Senhor. O homem de Deus denunciou a forma com que Eli e seus filhos negligenciaram o serviço a Deus e desprezaram a grande dádiva do ofício sacerdotal que lhes fora confiado.

Em seguida, o profeta avisou que a linhagem sacerdotal em Israel não seria mais contada através de sua casa. Na prática, isso significou que a linhagem sacerdotal passou a ser considerada através da descendência de Eleazar, o outro filho de Arão. Essa mesma mensagem foi novamente confirmada através do jovem profeta Samuel (1 Samuel 3:1-21).

Deus também avisou a Eli que seus filhos morreriam no mesmo dia, e que ele seria o último homem idoso de sua casa. Todos os outros haveriam de morrer no auge da idade (1 Samuel 2:32,33).

Mais tarde, muitos descendentes de Eli foram dizimados durante o massacre promovido por Saul em Nobe (1 Samuel 22:17-19). Nos dias de Davi, os descendentes dos sacerdotes através de Eleazar eram duas vezes mais numerosos do que aqueles que descendiam de Itamar, isto é, da casa de Eli (1 Crônicas 24:4). 

Por fim, durante o governo do rei Salomão, Abiatar, que descendia de Eli, foi retirado do sacerdócio e a casa de Eleazar prevaleceu definitivamente (1 Reis 2:26-27).

A morte de Eli

A morte de Eli se deu num contexto de verdadeira tragédia. Os israelitas estavam em guerra contra os filisteus e os filhos de Eli levaram a Arca do Senhor à batalha como um tipo de talismã. Mas o exército israelita foi duramente derrotado. Os dois filhos de Eli que seguravam a Arca da Aliança foram mortos e a Arca foi capturada pelo exército inimigo.
Eli estava assentado numa cadeira ao pé do caminho com o coração apertado – especialmente por conta da Arca do Senhor que estava na batalha. Provavelmente ele sabia que o fato de seus filhos perversos estarem responsáveis pela Arca, não poderia resultar em boa coisa.
Naquela ocasião ele já tinha perdido a visão. Então um mensageiro da tribo de Benjamim foi até ele e lhe deu às más notícias. O mensageiro avisou que seus filhos estavam mortos e que a Arca tinha sido tomada.
Curiosamente o que realmente provocou a reação que matou Eli foi a informação da perda da Arca, e não a morte de seus filhos e a derrota do exército israelita. O homem que tinha vivido parte de sua vida dando mais importância aos filhos do que tendo zelo pelas coisas do Senhor, ironicamente acabou morrendo ao demonstrar maior preocupação pela Arca de Deus.
A Bíblia diz que quando Eli recebeu a notícia sobre a perda da Arca, ele caiu da cadeira para trás e quebrou o pescoço. Quando sua nora grávida, a esposa de Finéias, ouviu as más notícias, entrou em trabalho de parto. Ela deu à luz a um menino, e antes de morrer lhe chamou de Icabô, dizendo: “Foi-se a glória de Israel” (1 Samuel 4:21). Ela disso isso porque sabia que seu marido e sogro foram responsáveis pela calamidade em Israel com a perda da Arca do Senhor. O sumo sacerdote Eli morreu aos noventa e oito anos.

O legado de Eli

A Bíblia diz que Eli julgou Israel durante quarenta anos. É possível que esse período de liderança de Eli tenha coincidido, pelo menos em parte, com as ações de Sansão e com as atividades de outros juízes daquele mesmo período (cf. Juízes 12-16). Durante todo esse tempo ele esteve em Siló.

Certamente Eli ficou marcado na Bíblia de forma negativa. Sua conduta nos ensina, principalmente, acerca do perigo de não zelar pela obra do Senhor. E outras palavras, sua vida é um testemunho de que devemos sempre priorizar a honra de Deus e não ser omisso ao pecado.

Mas também é preciso reconhecer que houve algo de bom na vida de Eli. Conforme observa R. L. Harris, Eli corretamente exortou Ana à santidade e a abençoou por sua fé. Além disso, certamente ele teve grande participação no crescimento de Samuel. Na verdade, obviamente ele fez melhor com Samuel do que com seus próprios filhos.