quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Se sou salvo e todos os meus pecados já foram perdoados, por que não devo continuar a pecar?

Resposta: O Apóstolo Paulo respondeu a uma pergunta bem parecida em Romanos 6:1-2: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” A idéia de que uma pessoa pudesse confiar em Jesus para a sua salvação e então continuar vivendo da mesma forma que antes é inconcebível. Aqueles que crêem em Cristo são novas criaturas (2 Coríntios 5:17). O Espírito Santo nos transforma e nos leva a deixar de produzir as obras da carne (Gálatas 5:19-21) para então começarmos a produzir o fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23). A vida Cristã é uma vida transformada.

O que diferencia o Cristianismo de qualquer outra religião mundial é que o Cristianismo é baseado no que Deus fez por nós através de Jesus Cristo. Todas as outras religiões mundiais são baseadas no que devemos fazer para receber o favor de Deus e o Seu perdão. Todas as outras religiões ensinam que precisamos fazer ou deixar de fazer certas coisas para ganharmos o amor e a misericórdia de Deus. O Cristianismo, ou seja, a fé em Cristo ensina que fazemos certas coisas e deixamos de fazer outras coisas por causa do que Cristo fez por nós.

Como alguém poderia, tendo sido liberto da penalidade do pecado e inferno, voltar a viver a mesma vida que o colocou rumo ao inferno? Como alguém poderia, depois de ter sido purificado do pecado, querer voltar ao mesmo esgoto de depravação? Como alguém poderia, sabendo de tudo que Cristo fez por nós, continuar a viver como se Jesus Cristo não fosse importante? Como alguém poderia, ao perceber o quanto Jesus Cristo sofreu por nossos pecados, continuar a pecar como se os sofrimentos de Cristo não importassem?

Romanos 6:11-15 declara: “Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!”


Para o cristão verdadeiramente convertido, então, continuar a viver uma vida de pecado não é uma opção. Porque a nossa conversão resultou em uma natureza completamente nova, nosso desejo é de não mais viver em pecado. Sim, ainda pecamos, mas ao invés de ter prazer em nossos pecados como costumávamos fazer, agora odiamos esse pecado e desejamos ser completamente libertos dele. A idéia de “se aproveitar” do sacrifício de Cristo a nosso favor e continuar a viver uma vida cheia de pecado é imaginável. Se uma pessoa acha que é um cristão e ainda deseja viver na mesma vida de pecado de antigamente, essa pessoa tem motivo para duvidar de sua salvação. “Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós?” (2 Coríntios 13:5).

Vamos colocar algumas situações onde mostra que Deus não tem parte com o pecador, logo uma pessoa salva, deixa de ser pecadora, quem diz ser pecador tem que ter em mente que Deus não tem parte com ele, o pecado aborrece Deus, como pode a santidade de Deus andar com um pecador, sendo que pecado e santidade são opostos.
“Do SENHOR vem a salvação.” “Todo aquele que comete pecado é servo do pecado… Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”(Jonas 2.9; João 8.34-36)
“Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.” (1 João 3:4 )
“Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.” (1 João 3:9 )  
Ef.2:3-5 (JFA) ... e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)


A quebra de comunhão é eficaz, pois o Cristão, pela sua natureza nova, não se relaciona mais com o mundo como antes. Agora o mundo aflige a sua consciência (II Pe. 2.7). Agora o mundo impede o crescimento abençoado (Gl. 5.17; Rm. 7.18-23). Quando, pelo pecado, a comunhão com Deus é quebrada por entristecer o Espírito Santo, o Cristão fica mesmo em apuros. Não pode recorrer ao mundo e nem tem liberdade com o Senhor Deus. Pode ser esta a razão pelo qual Pedro chorou amargamente (Mt. 26.75). Aquele que conhece a comunhão íntima com Deus sabe como a quebra de tal é uma vara de correção eficaz.

Gl. 5.16-17, “Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.”

Para se ser um servo fiel para a glória de Deus é necessário ter as Suas bênçãos. Ser um servo fiel não é fruto da carne. Na carne não habita bem algum (Rm. 7.18). Só as bênçãos de Deus em uma vida produzem fruto que convém ser visto publicamente (Gl. 5.22). Contudo, quando há presença de pecado na vida, como podem as bênçãos de Deus ser esperadas (Rm. 7.22-23)? Não podemos servir a dois senhores (Mt. 6.24). Se servimos ao pecado estamos contra o Senhor (Mt. 12.30; Rm. 6.12,16). Se atendermos à iniqüidade em nossos corações, O Senhor não nos ouvirá (Sl. 66.18). Será que devemos esperar o poder do Senhor em nossas vidas quando o Senhor não se agrada de nós? Como devemos esperar força para obedecer quando estamos vivendo contra o Senhor? Se não tivermos a confiança que Deus nos ouve como poderemos estar seguros em nossas vidas espirituais? Sem o poder de Deus para nos dar vitória e ter o Seu ouvido aberto para nosso clamor como poderemos realmente esperar ser livrados das nossas angústias? Como poderemos ser servos fiéis se O Fiel estiver envergonhado de nós (Lc. 12.9)? Como poderemos ter força se o nosso Senhor não se alegra de nós (Ne. 8.10)?
O servo fiel tem algo para ministrar aos outros. Ele continuamente conhece a beneficência, o juízo e a justiça na terra. Ele está confiante que o Senhor é O Senhor (Jr. 9.23-24). O fiel ceia com o Seu Senhor e o Seu Senhor ceia com ele e essa comunhão incentiva maior fidelidade (Ap. 3.20-21; I Jo. 1.3; Jo. 4.14; At. 1.8). Este crente tem um relacionamento vivo que emana do seu andar com Deus (Sl. 1.1-3). Mas, se o servo está praticando pecado, se tem mãos sujas, se não tem comunhão viva com o Senhor, como é que ele vai ter algo para proclamar ou pregar? Como pode o crente ser um servo fiel quando o céu parece fechado (Sl. 34.16), quando o espírito parece morto (Sl. 32.3-4) e quando se esquece da purificação dos seus antigos pecados (II Pe. 1.9)? Esse servo de Deus tem problemas sérios consigo mesmo, com seu Deus e, conseqüentemente, com o mundo.

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