domingo, 4 de janeiro de 2015

“Meu marido me deixou e eu não sei se vale a pena lutar por ele”

A escola do amor responde
Quando a relação termina, o sentimento de que ainda há uma chance para reatar pode existir. Mas o que fazer para que as coisas voltem a ser como antes? E quando ele muda e é ela quem começa a fazer tudo errado? O que fazer? Na A Escola do Amor Responde desta semana, o casal de apresentadores Renato e Cristiane Cardoso respondem às perguntas de Vivane e Antonio.
Vivane – Amo meu ex-marido que me deixou e hoje tem uma namorada. Tivemos dois filhos e não sei se vale a pena lutar por ele ou partir para outra.
Cristiane – Várias mulheres que estão nessa situação se perguntam se vale a pena continuar com a expectativa de que o homem volte. Elas ficam na dúvida se as coisas vão melhorar. Na "Terapia do Amor", muitas mulheres passaram por isso, não só por semanas, mas por meses e até por anos. Elas vieram à "Terapia" e conseguiram forças para lutar. Nada ao redor dava sinais de mudança, as coisas estavam do mesmo jeito, mas elas conseguiram ter esperança. Muitas dessas pessoas que ficam na dúvida não têm mais esperança. Não têm a esperança de que a pessoa amada vá voltar. As pessoas que frequentam a "Terapia" têm resgatado essa esperança.
Renato – Primeiro, entenda que você precisa pensar em você e não na outra pessoa. Você tem que procurar lutar por si e pelos seus filhos. Se você foca no seu ex-marido, vai ficar deprimida, revoltada e carente. Seus filhos vão perceber o seu estado de espírito. Você vai viver em função desse casamento destruído. Isso não é viver. Você vai ficar mais feia, mais desagradável, menos atraente para ter qualquer chance de que esse relacionamento seja restaurado.
Cristiane – Tem outro agravante, pois, muitas vezes, o marido volta e o problema não é resolvido. Pode piorar, pois você pode viver desconfiada, lembrando do que aconteceu e jogando na cara dele. A volta dele não é a solução para você. Primeiro, você tem que se resolver como pessoa. Quando você participa das palestras que fazemos, começa a enxergar coisas que você nunca tinha pensado que eram problemas. Você vê o que precisa melhorar como pessoa, não só para o relacionamento, mas para a vida.
Renato – Eu quero enfatizar para a Vivane e para todas as pessoas que estão nesse dilema entre lutar pelo casamento e desistir que ter esperança não é sentar e esperar. Ter esperança é trabalhar por aquilo que você espera. Se você tem esperado a sua situação mudar e não tem trabalhado para isso, você está sacrificando a sua esperança, se enganando. Apesar da palavra esperança sugerir uma espera, não tem nada a ver com isso. Tem a ver com lutar pelo que você deseja. Você tem que pensar no que pode fazer para estar preparada para o dia em que o casamento for restaurado. O que você pode fazer? Você não pode fazer com que seu marido volte. Você não pode fazê-lo deixar essa outra mulher. Mas você pode se tornar uma pessoa que não pode ser traída, por ser muito valiosa. Isso você pode fazer agora, enquanto está esperando. Quando você vem à "Terapia do Amor", você faz esse trabalho de se preparar, de melhorar como pessoa, de investir em si mesma. Lembre-se: ficar de braços cruzados não é esperança, mas perda de tempo.
Antonio – Tenho 44 anos e vivo com a minha esposa há 26 anos. Temos três filhos. Durante muitos anos, fui ausente sentimentalmente. Frustrada, ela começou a usar redes sociais e se relacionar com estranhos. Brigávamos muito. Graças a Deus, mudei bastante após frequentar a Universal, mas ela diz que as mudanças vieram tarde. Quero confiar, mas ela esconde o celular.
O que faço?
Cristiane – É muito típico do homem demorar para ver a necessidade de mudar. Mas ela está errada em não deixar esses hábitos. Por que a pessoa fica traindo e não resolve sair do casamento? É melhor ir embora. A pessoa mantém a outra por perto, não se decide e fica tendo outros relacionamentos. Ela está errada e não tem justificativa. Você diz que era ausente sentimentalmente e o Renato também já foi um pouco ausente em uma época, mas eu não procurei outros relacionamentos. Eu não vejo isso como razão para traição.
Renato – Eu não sei há quanto tempo você mudou. Se foi há cinco anos, há um mês. Mas se faz pouco tempo que você mudou, então você não tem moral para dizer que ela está errada. Você vem de um passado em que fazia as coisas erradas. Fica difícil cobrar o certo. Se você mudou há pouco tempo, concentre seus esforços em manter sua mudança. Crie um novo padrão, um novo referencial a seu respeito. Mesmo que ela aponte seus erros, você pode dizer que mudou, que já corrigiu os seus erros, que não faz mais essas coisas há muito tempo. Você tem que mostrar que mudou para que ela entenda que tem que tomar uma atitude e fazer a parte dela no relacionamento. Ela terá que decidir o que quer: se quer solucionar os problemas ou se vai continuar vetando a sua participação na vida dela.
Cristiane – A pessoa que erra se torna vítima de todas as culpas do relacionamento. Provavelmente, sua esposa o culpa por agora se relacionar com outras pessoas nas redes sociais. Você errou, mas você mudou. Você não pode ficar sempre no banco dos réus. Você errou, mas não a traiu. Você não se relacionou com outras pessoas. Pare de se culpar. Você não tem que aturar isso. Não fique se culpando. Exija uma mudança dela.
Renato – Com a bagagem e autoridade da sua mudança, você pode cobrar dela, mas primeiro tem que mostrar um novo referencial. Se você já está fazendo isso há muito tempo, você pode cobrar a mudança da parte dela. Se ela está insatisfeita com o casamento, então que ela saia do relacionamento, mas ela não pode continuar desrespeitando você.

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